M and Book Lust

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Mudança para o Wordpress

fevereiro 05, 2019 0
Mudança para o Wordpress
Olá, após imenso de inatividade - parte por estar atarefada e parte por estar descontente, entre outras coisas, com o aspeto deste blogue quero-vos dizer que mudei para o Wordpress.

Inicialmente tinha lá o blogue (lá bem no início) mas acabei por mudar porque era mais fácil comentar no Blogger. Os problemas do Blogger para mim não são poucos, desde a interface antiquada e com nenhuma melhoria no horizonte até ao aspeto de certos componentes (e falta de outros).

Estou muito mais encantada, neste momento, com o Wordpress e, por isso, vou dar-lhe uma outra oportunidade (uma bem mais longa e crítica). Estive uma tarde toda a transferir as publicações uma a uma para lá (e com vontade de mandar todas pela janela fora e recomeçar no novo domínio...).

Sigam-me lá! 

mandbooklust.wordpress.com

domingo, 30 de setembro de 2018

Como organizar uma estante? - Dicas

setembro 30, 2018 0
Como organizar uma estante? - Dicas

Verdade seja dita cada pessoa tem o seu próprio método de organização, mesmo os que sejam (praticamente) inexistentes por isso se não achares que estas dicas se adequam a ti então tens todo o direito mas lê na mesma e depois comenta só para me fazeres um favorzinho.
Então imagina que tens uma estante de… digamos prateleiras suficientes (o que não acontece a nenhum leitor/horder de livros) e os habituais milhentos livros para organizar.
1 Esvazia a estante toda por completo
2 Descobre onde tens um pano do pó e faz aquela tarefa jeitosa que todos sabemos que ninguém (quase) gosta de fazer e limpa o pó da estante toda de cima a baixo e dos livros e bugigangas que acabaste de tirar dela
3 Aprende que há vários níveis na tua estante: a posição mais alta, a altura dos olhos e perto do chão.
Tudo o que for precioso e para guardar mas que seja pouco utilizado então mete na parte mais alta da estante assim estão acessíveis mas não têm o maior lugar de destaque.
Os vossos livros mais queridinhos, aqueles que tu adoras com todo o teu coração e estás sempre a ler e gostas de ver com as suas capinhas todas pimpins em exposição permanente. Para além disso vai tudo ficar num sítio mais protegido de todos os pequenos danos que eles possam receber tanto de miúdos como animais traquinas.
Quanta à parte mais baixa deves por as coisas mais pesadas para evitar que as tuas prateleiras se curvem todas com o peso e toda a aquela tralha que não tem grande uso e é grande. É neste momento também que ponderas se precisas mesmo de tudo o que tens ou se não poderás, por exemplo, doar alguma coisa a uma biblioteca e deixar alguém que não tu ser feliz com o que já não te transmite felicidade.

Caso te falte espaço e não tenhas mesmo outro sítio onde por as coisas (repito outra vez, guarda só mesmo o que ter valor a sério) então tens sempre a solução de organizar as tuas obras na horizontal, ganhas espaço apenas é mais desconfortável retirar um livro da pilha. Se isso ainda não chegar ou simplesmente não gostares da ideia, então podes também experimentar pôr entre a estante e os móveis que estão nas suas laterais ou entre o chão caso tenhas uma abertura. Já tive de fazer isso com material de Geometria Descritiva como aquelas capas para bloco de folhas A3 por simplesmente não cabia noutro sítio e a única verdadeira desvantagem foi o pó com que elas ficavam.

domingo, 12 de agosto de 2018

"A Força do Hábito", por Charles Duhigg

agosto 12, 2018 0
"A Força do Hábito", por Charles Duhigg



         "[...] este livro não contém uma receita."
Wook (20,90€)
  

A maioria das opções que tomamos parecem-nos resultado de decisões muito bem pensadas, mas não. São hábitos. 
E se cada hábito isoladamente parece pouco relevante, com o passar do tempo os alimentos que comemos, o que dizemos aos filhos, as decisões que tomamos de poupar ou gastar, a frequência com que fazemos exercício e a forma como organizamos os nossos dias, acabam por ter um impacto enorme sobre a saúde, produtividade, bem-estar económico e felicidade. 
Transformar um hábito não é necessariamente fácil ou rápido. Nem sequer é simples. Mas é possível. E, hoje, graças a este livro sabemos como.


Hoje venho-vos com um livro de que há muito oiço e anseio ler, a Força do Hábito, originalmente The Power of Habit, pelo escritor americano Charles Duhigg.
Não é a primeira vez, nem vos posso prometer que seja a última que eu vos venho falar de um livro de autoajuda sobre hábitos mas este é sem dúvida o melhor livro desse género que já li. Através de exemplos conhecidos e reconhecidos de empresas e indivíduos, como a superstore americana Target, é nos dado um olhar para o interior de um fator inato em todos nós, o hábito.
Com isto dito, o que poderá distinguir este livro dos outros? Boa pergunta!
Bem, usando uma analogia tecnológica: os hábitos são programas predefinidos e automáticos nos computador que são os nossos cérebros, são tão inerentes que nem reparamos neles a maior parte das vezes. Algo tão simples como ir pelo mesmo caminho todos os dias para o trabalho ou acordar de "madrugada" no verão à hora que o despertador teria tocado caso estivesse ligado constitui um hábito. E os nossos hábitos podem ser desconstruídos em três partes muito simples:
1.     Uma deixa (estímulo, trigger)
2.     Uma rotina
3.     Uma recompensa
 Uma coisa muito importante e, por vezes, ignorada é o facto dos hábitos serem coisas frágeis e uma coisa que o autor enfatiza imenso é o encadeamento deles. Outro aspeto que nunca vi ninguém referir é o efeito da experiência no cérebro e neste livro é nos dado o exemplo de uma experiência com ratos e chocolate.
   Um exemplo chocante foi, para mim,o da empresa Alcoa onde O'Neill, o CEO, implementou protocolos e uma rotina coletiva de segurança com que todos os outros chefes discordavam mas acabaram por se revolucionar o seu fabrico e a indústria do alumínio.
   
   Para todos aqueles que têm maus hábitos, ou seja, todos nós sugiro este livro. Talvez me faça deixar de estalar os dedos... e a ti? Em que te ajudaria?

domingo, 8 de julho de 2018

"A Arte de Amar" por Elizabeth Edmonson | Opinião

julho 08, 2018 0
"A Arte de Amar" por Elizabeth Edmonson | Opinião



"Sou apenas eu"
Wook (12,90€)



   Polly Smith está a tentar sobreviver enquanto artista quando Oliver, seu amigo e mecenas, a convida a ir para casa do pai no Sul de França. Entusiasmada por poder fugir do frio e da chuva de Londres e do noivo monótono, Polly pede a sua certidão de nascimento para poder requerer um passaporte. Mas é aí que o seu mundo desaba: aquela que sempre pensou ser sua mãe é, na verdade, sua tia; a identidade do pai é desconhecida e até o seu próprio nome não está correto.
   A sua «fuga» para o sol da estimulante da Riviera imprime uma nova vida à sua pintura, mas nem tudo corre bem na mansão onde está hospedada. O pai de Oliver foi forçado a abandonar a Inglaterra no meio de um escândalo e, apesar do sofisticado e cosmopolita grupo de amigos que o rodeia, está prestes a ser apanhado pelo seu passado. E, embora Polly se encontre no centro de uma teia de mentiras, o seu próprio futuro começa a tomar um novo e fascinante rumo...



Olá, pessoal! Eu sei que o blogue tem andado um pouco parado mas já acabei os exames escolares e está finalmente na altura de pôr a leitura em dia!

   A minha primeira impressão foi a capa porque achei-a muito bonita e era um romance passado no verão mas fui um pouco enganada. 
   Um grande aspeto positivo deste livro para começar esta opinião bem foi o início da história, porque o evento que desencadeia tudo, incluindo a fuga de Polly da sua vida insatisfeita e a procura de quem realmente gosta de ser, é algo que acontece a demasiadas pessoas e o desencadeamento dessa parte da história foi bem concebida. Há várias voltas e reviravoltas no livro, acabando num situação de que mais não vou dizer para além do facto de ter gostado dela.
      Existem dois pontos de vista neste romance que, a certa altura da história se cruzam mas, antes de isto acontecer, achei as mudanças bastante bruscas entre os dois e até ao encontro não há nenhuma ligação entre eles. A linguagem é simples, a história  também é. Contudo, achei a ação demora demasiado comecei. Confuso? A ação principal é a viagem a França que demora imenso (um pouco) desnecessariamente até começar. 
       Uma outra coisa que não percebi da história foi o tempo cronológico em que tudo se passou. Deve ter sido algures entre a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais mas não fiquei com qualquer certeza, o que levou ao retirou imenso prazer a esta leitura, visto que à medida que os tempos mudam o quotidiano também... Existem certos aspetos, como a moeda serem os xelins, que pareceram extremamente fora do assunto porque quando não há referência de uma data na história e não se trata de um romance histórico eu (e a maioria dos leitores) supomos que a narrativa se passa no presente.
   Só uma última coisa: Ai, Roger, Roger... Que rico homem nos saíste...



P. S. - ao fazer pesquisa descobri que tudo se passa nos anos 30.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

"A Arte Subtil de Saber Dizer Que Se F*da", por Mark Mason | Opinião

julho 04, 2018 0
"A Arte Subtil de Saber Dizer Que Se F*da", por Mark Mason | Opinião

Uma abordagem contraintuitiva para viver uma vida melhor

Wook (13,95€)


   Durante décadas convenceram-nos de que o pensamento positivo era a chave para uma vida rica e feliz. Mas esses dias chegaram ao fim. Que se f*da o pensamento positivo! Mark Manson acredita que a sociedade está contaminada por grandes doses de treta e de expectativas ilusórias em relação a nós próprios e ao mundo.
   Recorrendo a um estilo brutalmente honesto, Manson mostra-nos que o caminho para melhorar a nossa vida requer aprender a lidar com a adversidade. Aconselha-nos a conhecer os nossos limites e a aceitá-los, pois no momento em que reconhecemos os nossos receios, falhas e incertezas, podemos começar a enfrentar as verdades dolorosas e a focar-nos no que realmente importa.
   Recheado de humor e experiências de vida, A Arte Subtil De Saber Dizer Que Se F*da é o soco no estômago que as novas gerações precisam para não se perderem num mundo cada vez mais fútil.


O prometido é devido portanto aqui está mais uma opinião! Deve ser o último de não-ficção deste mês por isso espero que gostem!

   Há um ditado português que resume muito bem parte do que Mason diz: reduz-te à tua insignificância mas isso não torna as suas palavras menos valiosas. É imprescindível ler este livro,  caso gostem de ser felizes, claro!
    Concordo plenamente com o autor quando ele diz que muitas vezes a única diferença entre um problema doloroso e um problema poderoso é a sensação de que o escolhemos e que somos responsáveis por ele. Adorei particularmente a metáfora da cebola do auto-conhecimento, achei-a extremamente adequada e não saberia descrever melhor este fenómeno!
   Se tivesse que escolher uma parte em particular como minha favorita seria quando, no capítulo 7, Mason fala da motivação e o pensamento falacioso mental que temos dela. Eu própria tenho que e quero contorná-lo sempre o que o sinto a perturbar quem podia ser ou o que podia fazer.
   Qualquer pessoa que me conhece diria que este livro e a sua brutal honestidade era mesmo a minha cara e teriam toda a razão em o fazer! Recomendo seriamente, quer queiram um grande safanão - ou como os ingleses dizem uma wake up call, ou não.

terça-feira, 3 de julho de 2018

"Mudar Para Melhor" | Opinião

julho 03, 2018 0
 "Mudar Para Melhor" | Opinião
"O método revolucionário para ultrapassar maus hábitos e seguir em frente na vida."
 Wook (17,50€)

   
   Para desvendar o segredo de uma mudança pessoal bem-sucedida, três psicólogos de renome estudaram mais de 1000 pessoas que foram capazes de alterar a sua vida, positiva e permanentemente, sem ajuda de psicoterapia. Chegaram assim à conclusão que a mudança não depende da sorte nem de força de vontade. É um processo que depende apenas da sua compreensão para chegar a bom porto.
   Este livro oferece testes simples, casos reais e exemplos concretos para ajudar a clarificar cada estágio e processo. Quer o seu objetivo seja começar a poupar dinheiro, parar de beber ou abandonar outros comportamentos aditivos e autodestrutivos, o programa este livro apresenta é revolucionário e vai permitir pôr em prática mudanças positivas pessoais para toda a vida.



 Olá, hoje vou ser direta ao assunto como o autor:
   Achei que o texto estava muito completo, até demais. Não achei necessário ter a teoria toda até porque é algo para o público geral e não necessariamente profissionais desta área, e isso fez com que o livro se tornasse mais teoria e pouca tomada de ação propriamente dita.
   Após esta leitura, não penso que mudei ou vou mudar nada nas minhas rotinas até porque já as ando a afinar há vários meses.
   Por um lado gostei dos diagramas, por outros achei que juntamente com as tabelas e tabelas e tabelas e já disse tabelas? se tornou um pouco denso e desgastante sem necessidade. Para além de, em termos de design, deu (juntamente com a capa, se estou a ser muito honesta) um ar antiquado a este livro e por antiquado eu quero dizer com facilmente vinte anos mesmo tendo sido publicado apenas em 2013. E afinar o espaçamento também era recomendado.
  Foi o primeiro livro que li desta editora, a Marcador, e não foi a experiência mais positiva mas eu sabia no que é eu me estava a meter logo do início, por isso assumo as culpas.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

"A Arte da Start-up", por Guy Kawasaki

junho 29, 2018 0
"A Arte da Start-up", por Guy Kawasaki

Como Transformar Uma Boa Ideia numa Empresa de Sucesso no Século XXI

Wook (17,99€)

  Este é o guia bestseller de gestão e empreendedorismo de Guy Kawasaki, o conhecido guru da Apple e conselheiro de Steve Jobs. Um manual completo para lançar um novo produto ou serviço, transformando boas ideias em negócios vencedores. Aspirantes a empresários, proprietários e gestores de pequenas empresas, empreendedores e líderes de organizações sem fins lucrativos: este livro é para vocês!

   Os conselhos sobre inovação, recrutamento, branding e captação de investimento chegam de todos os lados. 
Há tantos livros, artigos, sites, blogues e conferências com dicas desligadas da realidade, que muitas startups acabam por concentrar-se nas prioridades erradas, encaminhandose para becos sem saída antes de terem qualquer hipótese de sucesso. A Arte da Startup resolve este e tantos outros problemas. Neste livro estão reunidas décadas de experiência de Guy Kawasaki, transformadas em conselhos práticos e incisivos, adaptados às exigências e desafios do século xxi, provando por que motivos é considerado o mais empenhado dos estrategistas e o mais irreverente ícone do mundo dos negócios.


  
 A minha primeira impressão deste livro foi bastante positiva, logo pela introdução ao livro notei que ia gostar do que vai ser dito.
   O discurso do autor é bastante direto, sendo direcionado ao leitor, e permite que se estabeleça logo uma relação de confiança entre os dois. Há também um toque subtil de humor e uma enorme quantidade de honestidade e conhecimento na sua mensagem. Esta é bastante abrangente, falando de tudo um pouco sem nunca elaborar demasiado ou muito pouco. Resumindo, fala de tudo o que é importante ao ponto qb*.

   Não sei se alguma vez precisarei deste livro ou dos seus conteúdos, não sei se vou querer criar a minha própria empresa mas acho que todos, estando ou não na mesma posição que eu, beneficiavam da leitura desta obra. É algo fácil de ler, objetivo, pode-se ler mesmo não sendo leitores ávidos e tem aplicações práticas.

* qb - quanto baste

PS - desculpem o atraso nas publicações mas como devem ter adivinhando estava na altura dos exames. Prometo publicar mais em breve.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

"Eu Faço Parte desta História", ESRBP | Opinião

maio 17, 2018 0
"Eu Faço Parte desta História", ESRBP | Opinião

Título Completo - Eu faço parte desta História, cinquenta nos da História da Escola Industrial e Comercial / Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro
Idioma - Português
Data de Publicação - Maio de 2018
PVP - 15,00€ — Compra-o na biblioteca da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro


| Sinopse |
"Eu faço parte desta história" - a propósito dos Cinquenta Anos da História da Escola Industrial e Comercial / Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro.


   A pedido de um professor dedicado, hoje venho-vos falar deste célebre livro onde é dada voz à história desta escola através de mais de 80 testemunhos.
   Desde diretores, professores, funcionários a alunos da antiga EICCR, atual ESRBP, várias gerações uniram-se neste projeto, tendo ele sido iniciado em 2014 e publicado em 2018, para deixar um registo escrito indelével a todos os que fizeram e/ou vão fazer, da sua própria maneira, parte desta comunidade. 
   Todo o livro tem o seu charme mas, em particular, a evolução da escola e os testemunhos finais fascinaram-me. Sempre me interessei bastante sobre a maneira como o mesmo evento é visto por várias pessoas e este livro não é uma exceção. Aprendi imenso sobre algo que sinceramente nunca me despertou assim tanta curiosidade como o que aconteceu nos tempos de Salazar e das Guerras Coloniais e todo o planeamento da renovação dos edifícios e da imagem da escola (logótipos). Quantos aos testemunhos, descobri histórias e alguns doces sentimentos de pessoas que são caras familiares aos desta instituição.



Leitura com apoio de:

quarta-feira, 9 de maio de 2018

"Smilla", por Peter Høeg | Opinião

maio 09, 2018 0
"Smilla", por Peter Høeg | Opinião

Título Original - Frøken Smillas fornemmelse for sne
Idioma - Dinamarquês, Português (2010)
Publicação - 1992, Editora original
ISBN - 978-989-2-3101-0
Género - Romance

PVP - 8,20€ — Compra-o em Wook ou em Edições Asa
Classificação Goodreads - 3,73


| Sinopse |
   Smilla Jaspersen tem a neve em muito melhor conta do que o amor. Ela é especialista das propriedades físicas do gelo e vive num mundo de números, ciência e memórias. E, agora, está convencida de que ocorreu um crime terrível cuja vítima é Isaiah, um rapaz de seis anos. Para além da amizade que os unia, Smilla e Isaiah tinham em comum o facto de pertencerem à pequena comunidade de esquimós a viver em Copenhaga. Quando as conclusões do inquérito oficial apontam para acidente, Smilla suspeita. E à medida que reúne informação sobre o caso, apercebe-se das suas sombrias ligações. De uma expedição secreta à Gronelândia a uma estranha conspiração que data da Segunda Guerra Mundial, muito parece estar por explicar. Pelo seu amigo e por si, ela embarca numa jornada arrepiante de mentiras, revelações e violência que a levará de volta ao mundo branco que em tempos deixou para trás e onde um segredo explosivo aguarda debaixo do gelo…



   Tenho de confessar que a minha primeira impressão foi um pouco negativa porque, em termos de estrutura, achei a narrativa demasiado fragmentada. Os próprios capítulos tinha subdivisões, coisa que não desgosto, mas neste livro senti que eram demasiadas mini-cenas para acompanhar e que nunca chegavamos a entrar bem nelas.
   Para além disso, as personagens vivem uma realidade completamente diferente da nossa, o que transforma essa fragmentação ainda mais complicado para o leitor apanhar o fio à meada. Contudo, a relação afetiva entre Smilla e Isaiah é logo mostrada (e bem mostrada) o que nos leva a ser compaixão por ele.

   Como comecei a achar que este não era do meu estilo de livros, decidi não me maçar a mim própria e acabei por devolvê-lo à biblioteca de onde o requisitei. Porquê? Sou muito crente nesta filosofia: nem todos os livros que começamos temos de acabar. Qualidade vs quantidade, lê o que te agrada! Por isso não o acabei de ler e não lhe vou dar uma classificação.





O que acham de eu deixar de dar classificações e simplesmente dar a minha opinião? Assim há menos preconceitos e mais liberdade para pensar por vocês próprios sobre cada livro e tema.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

"O Ano da Morte de Ricardo Reis" por José Saramago | Opinião

abril 25, 2018 0
"O Ano da Morte de Ricardo Reis" por José Saramago | Opinião

Título Original - O Ano da Morte de Ricardo Reis
Idioma - Português
Publicação - outubro 2017, Porto Editora
ISBN - 978-972-0-04882-0
PVP - 17,70€ — Compra-o em Wook ou em Porto Editora
Género - Romance
Classificação Goodreads - 4,05
A minha classificação - .../5

| Sinopse |
Leitura recomendada para o 12.º ano de escolaridade.

Um tempo múltiplo. Labiríntico. As histórias das sociedades humanas. Ricardo Reis chega a Lisboa em finais de dezembro de 1935. Fica até setembro de 1936. Uma personagem vinda de uma outra ficção, a da heteronímia de Fernando Pessoa. E um movimento inverso, logo a começar: «Aqui onde o mar se acaba e a terra principia»; o virar ao contrário o verso de Camões: «Onde a terra acaba e o mar começa.» Em Camões, o movimento é da terra para o mar; no livro de Saramago temos Ricardo Reis a regressar a Portugal por mar. É substituído o movimento épico da partida. Mais uma vez, a história na escrita de Saramago. E as relações entre a vida e a morte. Ricardo Reis chega a Lisboa em finais de dezembro e Fernando Pessoa morreu a 30 de novembro. Ricardo Reis visita-o ao cemitério. Um tempo complexo. O fascismo consolida-se em Portugal. 


   Esta é a última leitura obrigatória que (supostamente) vou ter. Como a maioria delas, é difícil de começar, não só pela inércia que todos temos mas também pela introdução lenta na ação principal.
   Uma nota muito importante sobre este livro, não aconselho este livro às pessoas que não estão familiarizadas com as obras de Fernando Pessoa e, em particular, com os seus heterónimos. Ricardo Reis, a personagem principal, é um dos heterónimos de Fernando Pessoa e ambos aparecem no livro. É essencial conhecer as características de cada um e facilita imenso a leitura.
   Em termos de ritmo, a pontuação - ou falta dela - dificulta imenso e atrasa-nos. No início não me incomodou mas à medida que vamos avançando torna-se fatigante e exaustivo.
   Negativamente, achei também que houve cenas desnecessárias. Há uma personagem secundária que faz sentido existir tendo em conta o contexto histórico mas que chega a aparecer sem se conectar com a história... Para além disso, havia momentos onde parecia que informação sobre Ricardo Reis e a a época, nomeadamente, a política pareciam um pouco como se tivessem lá sido postas simplesmente porque tinha que ser para "tirar tudo da lista" (ticking everything off the list).
   Não sei bem classificar este livro porque não fui muito imparcial ao lê-lo, já tinha uma opinião formada e isso pode, ou não prejudicar e também gostava que não vos influenciasse demasiado antes da vossa própria leitura.
   A minha personagem favorita foi, sem dúvida, Fernando Pessoa. Sim, também nunca pensei dizer isto mas é a verdade. É dinamizado muito bem e, especialmente no teatro que assisti sobre a obra, foi quem brilhou mais! É um salpico de diversão no livro que não vais conseguir desgostar!


Sei que todos os estudantes do secundário irão me compreender quando digo que o Ano da Morte é uma versão Maias com demasiada palha e menos interesse e pontuação. Olhem no lado positivo, o teatro (pelo menos o que eu assisti) foi um verdadeiro espetáculo e é a última obra da lista!

terça-feira, 3 de abril de 2018

"22/11/63" por Stephen King | Opinião

abril 03, 2018 0
"22/11/63" por Stephen King | Opinião

Uma elaborada união entre ficção e história.



Título Original: 11/22/63
Publicação: novembro de 2014
Editora: 
Bertrand Editora (tradução),(original)
ISBN: 9789722529068  
PVP: 22,20€ — Compra-o em wook ou no site da editora em Bertrand
Género: Thriller
Classificação Goodreads: 4,3
A minha classificação: 4 em 5 estrelas



| Sinopse |
   Quando o seu amigo lhe propõe que atravesse uma porta do tempo para regressar ao passado com uma missão especial, Jake fica completamente arrebatado. A ideia é impedir que Oswald mate o presidente Kennedy. Jake regressa a uma América apaixonante e começa uma nova vida no tempo de Elvis, dos grandes automóveis americanos e de gente a fumar. 
   O curso da História está prestes a mudar…

| Opinião |
    Uma elaborada união entre ficção e história.
   Stephen King merece o estatuto que possui no mundo da escrita, este livro é apenas mais uma prova disso. A morte do JFK, um evento na histórica americana muito discutido e especulado, não é um ponto de partida fácil para ninguém mas isso não assustou este corajoso e talentoso escritor. O resultado? Mais uma obra de arte!
   As personagens estão muito bem elaboradas, tal como os cenários, tanto em 2011 e nos anos 50-60 na América. Todos os pensamentos, sentimentos e ações das personagens estão bem planeadas e é impossível resistir. Daí a minha parte favorita não ser o evento principal do livro mas sim a relação entre Jake e alguém do passado que é, honestamente, a cereja no topo.
   Contudo, demorei imenso tempo a ler este livro. Não por ter 900 páginas (tecnicamente, 899) mas sim porque o meu interesse estava noutros sítios, a escola por exemplo, e, quando comecei a ler avidamente achei certas partes pouco entusiasmantes apesar de compreender a necessidade da sua existência para a construção da narrativa.
  Qualquer pessoa que aprecie um bom thriller, romance ou ficção histórica devia ler este (e os outros) livros de Stephen King. Ele é um verdadeiro mestre nesta indústria!
   Não se esqueçam de ter cuidado com o homem do cartão amarelo!


P. S. - Esta opinião em inglês e a imagem já estão publicadas no Instagram do blogue, não se esqueçam de visitar. O username é @mandbooklust.